segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pais e filhos.

O ser humano nasce com uma carga genética que o predispõe a certos comportamentos físicos. Contudo, psicologicamente falando, ele é uma página em branco e o seu caráter vai sendo moldado pelo mundo que o rodeia (pais, amigos, etc.). Até aqui, nenhuma novidade.

À medida que o tempo vai passando, ele vai percebendo que certos ensinamentos (impostos) não tratam realmente do que ele entende (ou busca).

Na infância, há uma carga emocional muito forte. Seus pais ditam as regras do jogo. Vestem-no, dão-lhe conceitos do certo e errado, entre tantos outros temas que para eles, de acordo pelo que passaram e conseguiram superar/ultrapassar, tentam repassar para você. Esta é a real herança que eles deixam para os filhos.

Como seriam os pais ideais?

Uma coisa é certa: não devem ser autoritários nem apáticos. No primeiro caso, se refere àqueles que sufocam o filho com dogmas (muitas vezes irracionais), impregnando nele várias deficiências, principalmente insegurança. No segundo caso, são aqueles que já dão liberdade demais, não permitindo que o filho discirna suas atitudes, pois, por mais que se pense que os filhos não pertençam aos pais, há de convir que estes devem orientá-los em sua longa caminhada, sempre tendendo para atos que abracem causas humanitárias.

Como funciona o ciclo pais e filhos? 

Quando alguém nasce, revoluções aconteceram e o caráter de seus pais diverge da dos avós justamente devido a essa mudança de paradigma. O melhor exemplo é quando vemos a linha do tempo abarcando os anos de 1950 a 2000. E analisando a sequência de eventos, vemos: 

1) filho pode ou não ser passivo diante da atitude dos pais;
2) logo os colegas de infância e adolescência vão acrescentando novas entonações ao caráter do filho; ele vai percebendo novas dimensões. E dependendo do comportamento altivo ou não na tenra infância, ele pode praticar atos agressivos contra os pais;
3) quando a fase adulta vai chegando, muitos seguem o tradicional esquema comportamental que abrange a maioria dos seres humanos: o casamento e formação de uma família, dando continuidade à prole;
4) assim, os filhos destes filhos receberão um amálgama dos ensinamentos dos avós com os novos aprendizados dos pais;
5) e assim o ciclo prossegue.

Como o mundo se apresenta agora.

Partindo do pressuposto de que somos nós os responsáveis por este mundo que se apresenta, vemos que há uma tendência geral que vinga para a balbúrdia e o descontrole. Desrespeito aos mais velhos, pais que logo se separam, desestruturação da família em si. O que vemos aqui trata de valores deturpados, banalização de eventos que anteriormente eram tratados com respeito (como o casamento, apesar de eu achar que isso é apenas uma convenção social moderna, valendo mesmo o sentimento que um casal tem um pelo outro).

"Ora seu..."

A família é importante.


Certos elementos sempre existiram, mas por causa da cultura vigente na época eram vistos com desprezo, como o desquite, homossexualismo, etc. O que mudou foi a liberdade para realizar tais atos. Tudo o que estava entalado foi sendo liberado aos poucos, até culminar neste momento. Mas, ainda assim, é importante ressaltar a indispensabilidade da união familiar.

Quando atingimos certa idade, bate-nos uma curiosidade em saber sobre nosso passado. A identidade advêm do íntimo. Daí a importância de darmos valor a nossos antepassados, como na cultura indígena. Neles, os filhos recebem os ensinamentos dos avós, enquanto os pais realizam atividades físicas mais desgastantes. Muitas culturas que tem como princípio uma comunidade pequena, mas orgânica, tendem a retornar; isso já acontece em muitas regiões; é algo latente em nossa natureza. Por mais que busquemos a individualidade, ainda assim, precisamos de uma origem, de um local onde nos sintamos queridos. Um lugar em que possamos chamar de LAR.

Toda a perturbação que vem ocorrendo acontece por um motivo: para que possamos enxergar valores perdidos e mudemos nossa filosofia. Esta é a grande mudança!

A luz só pode ser percebida na escuridão!

Por mais que sua família tenha problemas, ainda assim, você faz parte dela e ela deveria merecer respeito. Você veio dela por uma razão. Não a culpe. Agradeça a oportunidade.

O que esperar dos novos pais?

"Mas pai, eu quero sapatear!"

Eles saberão que as crianças que lhe aparecem na vida não as pertence. Eles cuidarão delas pessoalmente, não delegando a terceiros esta tarefa. Dirigirão todas as metas de sua existência em questões fundamentais, como o amor incondicional e desapego. Enfim, prepararão os novos seres para um futuro equilibrado e sem medo.

Dica: dois filmes que retratam bem o que foi dito aqui sobre:

A família em primeiro lugar: O Poderoso Chefão.

Voz rouquenha: "A família, Michael! A família!"

Que se deve ter respeito aos mais velhos: Gran Torino

"E não tenha não para você ver!"

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