segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Repo Men... Não se trata da onda punk, mas tá valendo.


Esta é clássica: há um sistema; há pessoas que trabalham para o sistema; um destes trabalhadores se destaca; ele faz tão bem o seu trabalho que não liga para as implicações éticas que o envolve, se preocupando apenas em realizá-lo com perfeição e garantir um bom dinheiro; mas então, ocorre algo com ele, obrigando-o a vivenciar o que as pessoas que eram prejudicadas por seu trabalho viviam; ele acaba se colocando na situação delas; com isso, abre os olhos para o que fazia e decide acabar de vez com o sistema. Ele pode ter sucesso, ou não...

Você já assistiu a algo parecido, não? Pois este é o enredo de Repo Men - O Resgate de Órgãos (ou Os Coletores), uma ficção feita em 2010, que retrata justamente o que foi dito acima. O que muda é apenas os elementos envolvidos.


A história.

Trata-se de um agente da THE UNION, Remy (Jude Law), que realiza seu trabalho sem qualquer remorso. E qual seria? Ele resgata órgãos de clientes inadimplentes, mesmo que isso resulte na morte dos mesmos. Contudo, por insistência de sua esposa, ele pensa seriamente em deixar esta função.

O chefe interpretado por Liev Schreiber.

Já o seu parceiro, Jake (Forest Whitaker), insiste para que ele permaneça. Desde a infância ambos interagiam (por meio de rixas, que sempre acabavam em briga), e esta estranha amizade prosperou. Os dois foram para a guerra juntos e agora são parceiros de trabalho.

Remy e Jake.

Decidido a sair da coleta, Remy realiza um último serviço, entretanto, algo sai errado e ele acaba precisando de um coração...

Daí, acontece uma troca de papéis. Remy se coloca na pele dos "usuários". Com isso, passa a ver claramente o que realizava. E isso o perturba.

Alice Braga como Beth, a brasileira tem papel importante na vida de Remy após a grande virada.

Ademais, as consequências são previsíveis. Fica a deixa para quem for assistir.

Dois momentos me fascinaram neste filme:

1º. O visual futurista lembra bastante filmes realizados na década de 1980, com os melhoramentos dos efeitos especiais desta década, obviamente. E tem uma cena, plasticamente bonita (o local onde são produzidos os órgãos artificiais);




Um futuro não tão próspero.

2º. Filmes de ficção científica há muito deixaram de ser apenas um exercício de previsão e aperfeiçoamento de efeitos especiais; passaram a desempenhar questionamentos sobre diversos temas pertinentes. Uma alegoria a tempos que podem realmente vir a acontecer. Diante disso, o personagem Remy fala algo marcante; mesmo que não sendo novidade, mas pelo menos nos faz relembrar a finalidade de um trabalho:

"Porque no fim...Um trabalho não é só um trabalho. É quem você é. E para mudar quem você é, primeiramente, deve mudar o que faz."

Atentem para a tatuagem, simbolizando o empresa.
E o trailer:

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