quarta-feira, 9 de março de 2011

A escuridão nada mais é que a ausência de luz.


Está tudo pronto! Os fios desencapados permeiam sua eletricidade pelo chão imundo; o repositório está cheio de gosmentos vermes mutantes; as cinco salamandras ocupam sua posição para a descarga; a alavanca está posicionada, aguardando meu comando...Entretanto... Tudo fica às escuras!

E mais essa! Era só o que me faltava! Horácio! Oh, Horácio! Venha aqui e traga sua luminiscência!

Nada. Nem o mais débil sibilo. Onde ele estará agora?

Droga! Devo sempre lembrar que estas experiências envolvendo eletricidade devem ser acompanhadas por velas. Já é a 67ª vez que isso me ocorre!

Fiquem todos juntos...

Vou titubeando, batendo em tudo que se interpõe em meu caminho. Sair da sala custa-me alguns minutos preciosos. Guiando-me pelo frescor da noite, alcanço a janela e surpreso vejo que toda a cidade também compartilha de minha dificuldade. Vejo tremeluzentes fachos de luz, que aparecem ali e cá. 

Apurando a vista, fito as imediações que também estão no inteiro negrume. O que terá acontecido?

Olá?

A claridade de Horácio preenche o local em que estou.

Enfim! Onde estava, alma das trevas?

Balbuciando lamentos para a cálida noite e aguardando um soluço de satisfação...

Chega de poesia. Não estou para pederastia. O que você acha que aconteceu para ter faltado energia?

Suponho que seja o Sol...

AAAAAAAAAAAAAHHH!!!

Hum... Há alguma expectativa que volte ainda hoje? Tenho umas salamandras inquietas na sala de experiências.

Frank, meu grande camarada! Não tenho notícias agradáveis...

Nenhum comentário:

Postar um comentário