Parem!!!
A voz aquosa de Horácio irrompe a noite. E todos os seres cessam seu ataque, retornando para o fundo obscuro de onde vieram.
Confesso que em nenhum momento senti medo. Sabia que o castelo tinha vida própria quando me instalei. Sua reação é o desespero em perder seu inquilino. Eu o entendo. Mas, infelizmente, caso realmente mude, não poderei levá-lo comigo.
Como que adivinhando meus pensamentos, Horácio intercede pelo castelo:
Há uma forma, Frank. Nunca duvides do poder deste lugar. Ao mencionar-te a consequente e destruidora manifestação da natureza em decorrência do Sol, quisera sim, que percebeste que estar aqui serás um risco. Com certeza teus circuitos sofrerão um curto e teu fôlego não aguentará a pressão que virá. Contudo, teu lar não poderá ficar para trás!
Então me diga como poderei realizar tal ato!
Siga-me.
Assim, Horácio leva-me por corredores sinuosos, sempre descendo. O castelo possui tantos níveis que perco a contagem do quanto nos aprofundamos. Havia tantas salas, quartos inexplorados...
Enfim, o fantasma aponta para um candelabro fixado na parede, à altura dos meus olhos. Não entendo, afinal, não tinha qualquer passagem.
Terás que dizer as palavras mágicas.
Quais?
Pépe, já tirei a vela! Mas só pronuciarás ao mesmo tempo em que removeres a vela de seu suporte.
Concordei.
Fiz conforme me foi solicitado. E que surpresa me esperava no interior do cubículo...
Continua...
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