segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fim do jogo.

Para saber como Frank chegou até aqui, recomendo que leia, na sequência:

http://almabane.blogspot.com/2011/03/escuridao-nada-mais-e-que-ausencia-de.html

http://almabane.blogspot.com/2011/03/o-castelo-diz-nao.html

http://almabane.blogspot.com/2011/03/condicao.html

http://almabane.blogspot.com/2011/03/pepe.html

http://almabane.blogspot.com/2011/03/pistola-de-nanicolina.html

http://almabane.blogspot.com/2011/03/apoteotica-trajetoria-para-o-interior.html

http://almabane.blogspot.com/2011/03/para-sair-diga-senha.html

http://almabane.blogspot.com/2011/04/indagacoes-e-possiveis-solucoes.html




Ela estava extasiada, com um riso frenético querendo explodir, tamanha era a alegria.

Desculpe, minha senhora, mas não consigo entender o propósito desta brincadeira sem graça. Você primeiramente entrega-me sua rebenta, como um saco de estopa velho, e agora me diz que só a terá novamente em seus braços caso eu acerte mais uma miserável senha? Sinceramente, tome-a e não se fala mais nisso.

Ela recua, as mãos para trás. Sua feição lembrava-me uma menina sapeca que insistia em querer brincar.

Por favor, senhora! Como disse ontem, eu estou indo embora! EMBORA!! PARA LONGE DESTA INSANIDADE!! Pegue sua filha...

Hum... Não.

Meus circuitos estavam entrando em curto. Não podia tolerar mais esta bobagem. Enfático, coloquei a criança no chão com delicadeza. Contudo, a magia estava no ar, e antes mesmo de levantar-me por completo, já estava com o bebê nos braços novamente.

Tem que dizer a contra-senha...

Derrotado, pois sabia que por mais que tentasse iria continuar com a criança, me rendi aos caprichos daquela loucura.

Ajude-me, pelo menos...

Desta vez está por sua conta.

Ai.

Quer um auxílio, Frank?

A voz da raposa sibilava até meus tímpanos.

O que você quer em troca?

Apenas fazer negócio com você. Compre um produto meu e eu te digo a contra-senha.

Parei um momento para clarear os meus pensamentos. Sabia que não havia outra maneira. Concordei. 

Patas de galinha. Esta é a contra-senha.

Nunca iria descobrir.

E assim, comprei a minha saída.

Muito bem, dona. Do início.

Ela sorriu ao dizer:

Reintegro.

Patas de galinha.

E assim ela aceitou de bom grado a filha e eu finalmente pude me despedir deste lugar tão cheio de frescuras.

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