O nascer do Sol é bonito de se ver, mas a minha situação não.
Não posso ir embora. Não com este pequenino ser que dorme em meus braços. A minha sorte é que desde que foi simplesmente jogado para mim, ele ressoa tranquilo.
... Eu não tenho cacife para cuidar dele. Mas falta-me coragem para livrar-me da criança. O que fazer, então? Pense, Frank, pense!
E para completar, uma cidadã curiosa, que há algum tempo me encarava de longe, vem até mim.
Com licença, senhor. Por acaso está perdido? Posso ajudá-lo?
De repente, mais do que de repente, me veio à mente uma ideia. Arrisquei:
Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos.
Ela fez uma cara de espanto, mas mesmo assim ousei repetir:
Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos. Não há nada que queira me dizer a respeito disso?
Eu hein?! Está me achando burra, por um acaso. Nessa eu não caio!
E assim ela se vira e vai.
Droga...
A raposa ainda espreita.
Ei, amigo.
Não sou seu amigo.
O meu sentimento abraça o seu.
O que você quer, raposa? Já disse que não estou interessado nessa tua poção.
O que pensa em fazer com a criança? Sempre há a possibilidade de simplesmente deixar a natureza cuidar dele.
Antes disso deixo você aleijado.
Calma... Foi apenas uma sugestão.
Que beneficia completamente sua pessoa, hã?
Eu não dito as regras...
Sai. Agora.
Enquanto fito a célere escapada do animal, penso que seria mais fácil se apenas caçasse a mãe e a entregasse. Estou perdendo muito tempo. Já deveria estar a quilômetros daqui. Droga.
Contudo, antes de dar o primeiro passo, eis que ela surge na minha frente e diz:
Reintegro.
E lá vamos nós outra vez...
Amigo, parabéns pelo blog.
ResponderExcluirVou ler estas postagens com bastante atenção.
Sucesso!
Abraços,
Ale.