terça-feira, 12 de abril de 2011

Indagações e possíveis soluções.

O nascer do Sol é bonito de se ver, mas a minha situação não.

Não posso ir embora. Não com este pequenino ser que dorme em meus braços. A minha sorte é que desde que foi simplesmente jogado para mim, ele ressoa tranquilo.


... Eu não tenho cacife para cuidar dele. Mas falta-me coragem para livrar-me da criança. O que fazer, então? Pense, Frank, pense!

E para completar, uma cidadã curiosa, que há algum tempo me encarava de longe, vem até mim.

Com licença, senhor. Por acaso está perdido? Posso ajudá-lo?

De repente, mais do que de repente, me veio à mente uma ideia. Arrisquei:

Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos.

Ela fez uma cara de espanto, mas mesmo assim ousei repetir:

Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos. Não há nada que queira me dizer a respeito disso?

Eu hein?! Está me achando burra, por um acaso. Nessa eu não caio!

E assim ela se vira e vai.

Droga...

A raposa ainda espreita.

Ei, amigo.

Não sou seu amigo.

O meu sentimento abraça o seu.

O que você quer, raposa? Já disse que não estou interessado nessa tua poção.

O que pensa em fazer com a criança? Sempre há a possibilidade de simplesmente deixar a natureza cuidar dele.

Antes disso deixo você aleijado.

Calma... Foi apenas uma sugestão.

Que beneficia completamente sua pessoa, hã?

Eu não dito as regras...

Sai. Agora.

Enquanto fito a célere escapada do animal, penso que seria mais fácil se apenas caçasse a mãe e a entregasse. Estou perdendo muito tempo. Já deveria estar a quilômetros daqui. Droga.

Contudo, antes de dar o primeiro passo, eis que ela surge na minha frente e diz:

Reintegro.

E lá vamos nós outra vez...

Um comentário:

  1. Amigo, parabéns pelo blog.
    Vou ler estas postagens com bastante atenção.
    Sucesso!
    Abraços,
    Ale.

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