Um homem sem nome está aproveitando a sombra de uma majestosa árvore. Ele medita.
Ele avista no horizonte um vulto que cresce. Alguém se aproxima.
A aproximação revela detalhes e nuances do visitante. O sobrolho carregado denuncia afetação, mas os motivos são incertos.
Contudo, quando o visitante se posiciona em frente ao homem sem nome, este sente a densa aura negativa que aquele carrega.
Antes que o homem sem nome ouvisse os inflamados impropérios do outro, ele já sabia qual era o objetivo do visitante: a discórdia.
Gestos obscenos acompanhavam infames palavras. Entretanto, o homem sem nome permaneceu sereno, o que causou no visitante consternação.
Daí, o insultante parou. Algo havia saído com tanto ímpeto dele, tão intenso, que ele não sentiu mais vontade de prosseguir com aquela demonstração de cólera. Não fazia sentido.
Então, o visitante respirou fundo e próximo ao homem sem nome ele sentou. Tocou carinhosamente no ombro dele e falou:
"Obrigado, senhor."
Tranquilidade acima de tudo. |
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