terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ao ponto de partida.



O retorno sempre é mais célere do que a ida.

Depositei o minúsculo castelo no chão, tomando o cuidado de deixá-lo bem encaixado; calculei de cabeça as reais dimensões dele e fi-lo situar-se no centro do espaço aberto ocasionado por seu súbito encolhimento. Parecia um brinquedo. Afastei-me dele e, ao retirar a pistola de nanicolina, pensei: "Será que ela não irá diminuir ainda mais? Ele poderia ficar numa tamanho subatômico!!" Decidi não arriscar.

E agora?

Psiu. Ei, amigo!

Eu não podia acreditar no que via. Era a raposa comerciante.

Não vai me dizer que tem uma poção que resolva esse impasse.

Não há problema que não possa ser resolvido. E para esta questão, apenas um detalhe deve ser observado.

Qual?

Ora, não nos precipitemos. Uma contribuição pecuniária cairia bem agora...

Ai, eu sabia. E quanto seria?

Não me expressei bem. Na verdade, gostaria de fazer uma troca: a informação por um objeto.

Sim?

A pistola. Dê-me a pistola.

Ensandeceu?! Como poderia desfazer-me de algo tão... tão... periculoso?!?!

Não seja imaturo. Eu garanto que seu castelo restabelecerá suas majestosas dimensões.

Acreditar naquela raposa era difícil. Entregar-lhe uma arma com certeza não era uma atitude sensata. Mas, enfim, estava enrascado mesmo.

Certo. Aqui está.

Ótimo, Frank. Observe...

Havia um botão imperceptível em uma das dobras da pistola. Ele apenas girou-a. Apontando para o castelo, fez uma luz esmeralda fulgurante acertá-la me cheio. Assim, gradativamente, as altas torres novamente cortaram o céu. Tudo voltara a ser como antes.

Satisfeito, a raposa agradeceu a transação e foi-se. Enquanto a mim, recolhi meus pertences e segui para o enorme portão à frente.

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