quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Aguardar acontecer talvez seja tarde.



Estou há dois dias aguardando Horácio ter coragem de me encarar. Tentei aprofundar-me na arquitetura psicodélica do castelo, mas não tive sucesso em encontrar o Pépe. Aquele quarto misterioso na qual ele vive (não sei como) deve ser mais bem entranhado do que me recordo. Enfim, resta-me esperar alguns dos dois se mostrar.

O que Ranter dissera era de fato o certo. Desde que regressei, todas as manifestações de desordem sumiram. A energia até voltou.

Gostaria de ter ouvido mais histórias dele... Ora, e por que não?! Vou visitar o velho Mathias, talvez ele ainda esteja lá.

Coloco o essencial em uma mochila e sigo para a cabana.

No caminho fico me perguntando o que a raposa estará fazendo com a pistola que lhe dei. Espero que nada contraproducente.

Mas é ao chegar ao meu destino que constato o pior.

Por meu pai! A casa sumiu!

Corro até o local onde ela deveria estar, tentando encontrar qualquer vestígio de que ela realmente esteve lá dias atrás, mas nada acho.

Amaldiçoei a raposa sem pensar se ela era a culpada. Queria apenas descontar em alguém, e a perda da arma ainda não havia sido digerido bem por mim.

Agora, restava apenas voltar para casa.

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