Estou há dois dias aguardando Horácio ter coragem de me encarar. Tentei aprofundar-me na arquitetura psicodélica do castelo, mas não tive sucesso em encontrar o Pépe. Aquele quarto misterioso na qual ele vive (não sei como) deve ser mais bem entranhado do que me recordo. Enfim, resta-me esperar alguns dos dois se mostrar.
O que Ranter dissera era de fato o certo. Desde que regressei, todas as manifestações de desordem sumiram. A energia até voltou.
Gostaria de ter ouvido mais histórias dele... Ora, e por que não?! Vou visitar o velho Mathias, talvez ele ainda esteja lá.
Coloco o essencial em uma mochila e sigo para a cabana.
No caminho fico me perguntando o que a raposa estará fazendo com a pistola que lhe dei. Espero que nada contraproducente.
Mas é ao chegar ao meu destino que constato o pior.
Por meu pai! A casa sumiu!
Corro até o local onde ela deveria estar, tentando encontrar qualquer vestígio de que ela realmente esteve lá dias atrás, mas nada acho.
Amaldiçoei a raposa sem pensar se ela era a culpada. Queria apenas descontar em alguém, e a perda da arma ainda não havia sido digerido bem por mim.
Agora, restava apenas voltar para casa.
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