O branco infindo. Sem horizonte definível. Sem formas.
Enfezado antes de desesperado, mas sem esquecer este último sentimento, busco uma solução para a situação. E por mais que fique tentado em sair correndo, gritando feito doido, paciento-me a fim de aborrecer os demônios, que esperam, creio eu, uma atitude melodramática de minha parte.
Por acaso escorre uma lágrima por sua deformada bochecha. Será de medo ou de raiva?
Nenhum dos dois. Apenas o resultado de um insecticídio.
Você é engraçado, Frank! Deveria juntar-se a nós.
Devo declinar da proposta. Almejo outras finalidades para a minha vida.
Agora sua graça bateu asas e voou. Diga-me, Frank, ansiar o estático não acaba deixando-o enfadado?
Como assim?
Estacionar no castelo, apenas desfrutando do que ele tem a oferecer? Tirando de sua vida a aventura que uma novidade traria?
Meus caros, vocês devem estar esclarecidos de que dá para se viver mais de uma existência no lugar. Como vocês mesmos disseram, não conheço nenhum terço do que o castelo tem a oferecer e, além do mais, não vejo razão nestes questionamentos, afinal, estou justamente participando de uma aventura... Por que perco tanto tempo discutindo, meu pai?
Risadas histéricas ecoam. Eles estavam apenas gozando da situação. Contradizendo-se propositalmente. E eu, desafortunado, obrigado a participar, mesmo sem querer.
Disso, percebo que se eu me calar, talvez os despistassem. Fazendo-os perderem o interesse por mim.
E os risos seguem-se, sem ritmo e extremamente irritantes... Durante um bom tempo... Além da paciência... Além do limite suportável... Não sei se conseguirei... AAAAAHHHH!!!!!
--CONTINUA--
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