As sobrancelhas arqueadas refletiam a maldade do sorriso insistente.
Por mais alegria que se demonstrasse na superfície do rosto, o que se sentia era uma imensa estupidez insana. E as gargalhadas complementavam a expressão satânica daqueles demônios que, me rodeando com cambalhotas performáticas, entoavam uma cantiga de mau agouro.
O querer de vocês nada condiz com os meus próximos passos.
Ora, Frank! Por favor!
Um riso estridente corta o ar.
Queremos apenas brincar com você!
Esqueçam! Não tenho tempo para vocês!
Você é um danado... Como nós!
Equivoca-se.
Fomos criados com propósitos inicialmente divergentes de nossa natureza atual. Fazer o quê?!
Aqui é que você se engana, meu caro... [O ar está tão denso com suas intenções mesquinhas que mal dá para respirar.] A minha criação foi resultado de uma curiosidade científica infeliz. Meu nascimento não foi intentado com propósitos vis! Nisso reside toda a diferença!
Você nos julga! Com que direito?! Nem nos conhece realmente!
Assim como vocês a mim!
Mas nós o conhecemos, Frank! Observamos você há tanto tempo que até perdemos a conta. O castelo que carrega consigo tem estreitas relações com nossos domínios. Digamos que há diversas passagens ocultas em aposentos que você nem imaginava existir! Pergunte-se: quanto do castelo conhece?
O bastante para me sentir tranquilo.
Pois saiba que mudanças se pronunciam adiante!
Estou ciente...
Os lados devem retornar ao ponto zero. Ambos pendem em desequilíbrio. Um lado está favorecido e não é o que se espera. E a situação piorará!
Eu sei! Eu sei, infelizes! É por isso que estou indo embora! Tchau!
Para que a pressa, se tudo o que há é a imensidão do nada.
Num piscar de olhos, toda a paisagem de outrora resumia-se numa grande branquidão sem fim.
Ai, meu...
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