quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As brumas de Asgard.

Por sua quietude, supus que estivesse refletindo sobre a situação inusitada. Porém, deduzi um engano; ela estava aguardando.

Mas, aguardando o quê? Bem... diante dos meus olhos presenciei o que pareceu ser um resquício de um sonho movido a LSD, tamanha a profusão de cores. E como todos os habitantes da vila também gesticulavam e pasmavam como eu, só pude concluir que estava havendo um rompimento. As barreiras entre duas dimensões distintas cediam e uma batalha clareava diante de nós. Primeiramente, as imagens foram se intensificando, até se aproximarem do real; depois, o som... demasiado vívido! Contudo, o escarcéu provocado não nos afetava fisicamente. Éramos espectadores atônitos, embriagados com espetáculo tão sanguinário.


Guerreiros tombam! Preciso adiantar-me! Adeus, criatura!

E assim a valquíria alçou voo. E tão repentinamente surgiu em minha vida, ela se fora para junto de seus iguais. Deuses, semi-deuses, simplesmente guerreiros, numa luta confusa, cujo propósito nos escapa, quando tombavam, eram retirados pelas exuberantes mulheres em seus cavalos alados, levados para Valhala para guarnecer o exército de Odin.

Assim que ela entrou no pandemônio, a cena drástica gradualmente foi desaparecendo. Em instantes, tudo voltara ao normal.

Os moradores ficaram se encarando, talvez esperando uma resposta do outro, que obviamente não viria.

Quanto a mim, apenas registro este caso e o deixo para a incrédula posteridade.

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