quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Crônicas de Igor (1) - Renascimento.

De um instante, tempo demasiado se passou. Fronteiras cruzei. Belezas admirei. Desafios enfrentei. E cá estou para revelar a magnífica empreitada. Vivo. Fatigado. Grato. Espero que seja do seu agrado o que será revelado.

IGOR INICIA O SEU RELATO:

Explosão de ensurdecedor proporção. O caos se instalando no menor espaço existente. Densidade máxima numa pressão caustrofóbica. Não se respirava. Não se vivia. Imutáveis sensações experenciadas.

De repente, novo ribombar. Movimentos caleidoscópicos de infinitas tonalidades. Azul, anil e amarelo. Verde, laranja e vermelho. Confusão. Tontura. Vazio e preenchimento. Paradoxos coexistindo.

Daí então um novo nascimento. Eclodido do ventre da galáxia. Impulsionado pela vontade arrebatadora, despenquei num globo árido, hostil.



Uma nuvem espalhou-se do local da minha queda, levada vagarosa pela atmosfera rarefeita.

Levantei assombrado, observando as constelações escancaradas sob minha cabeça. E, mais à frente, um enorme globo gasoso se avizinhou.



Um prisioneiro. Apanhado pela força irresistível, o corpo celeste em que fora lançado estava à mercê do imponente planeta que rotacionava devagar.

Que surpresas poderia emergir dali? Não sabia. Pensei demoradamente antes de, resignado, procurar o meu espaço.

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OBS. Esta postagem dá continuidade a esta história:



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