Em 1984, livro de George Orwell, retrata o que aconteceria a um país caso assumisse uma postura totalitária extrema. Em um dos momentos do livro, vemos o ponto de escape para que os dominados não provoquem uma revolução, denominado de os "2 minutos de ódio", na qual pessoas, incitadas por informações acusatórias a um determinado inimigo, ilusório ou não, descarregam suas frustrações num bode expiatório qualquer.
Isto me veio à mente no momento em que senti a importância que o futebol tem desempenhado para muitas pessoas, principalmente agora que uma Copa do Mundo será sediada aqui, no Brasil.
É impossível não ver uma semelhança de sentimentos que estes dois eventos causam nas pessoas. Beirando à loucura, os fanáticos centram suas vidas numa arena com 22 jogadores cujo objetivo é um só: vencer. Não há evolução, apenas a mesmíssima coisa infinitamente. Espantam-me a quantidade de assunto que tão limitado tema causa.
Retirando a inclusão social, fato comprovadamente benéfico (apesar dos desentendimentos e rivalidades), pois dá oportunidade para que todos se manifestem, mesmo que não seja um especialista (o que para mim é o mesmo que nada), o futebol é uma distração que nada preenche, nada acrescenta. Ele nos impele a concentrar nossas energias, boas ou ruins, num local totalmente irrelevante para nossas vidas.
O esporte é divertido e deveria ser apenas isso, uma diversão descompromissada, não um caso de vida ou morte como muitos apregoam (vide propaganda de cerveja, que liga intimamente a vontade de beber com o esporte).
Enquanto isso, o verdadeiro jogo desenrola-se fora dos estádios.
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