Profissão pouco conhecida mas que, pouco a pouco, vem adquirindo um espaço maior na mídia. Há quem diga que as primeiras leitoras vieram das caravelas, predizendo, através do formato inconstante do firmamento, agouros que eram evitados pelos experientes marinheiros.
No instante em que aportaram, as leitoras logo se adiantaram em ter contato com o povo nativo, contudo, não obtiveram o respeito que esperavam, justamente porque os índios tinham, em seu meio, ótimos leitores e leitoras de nuvens e não careciam de caraíbas.
Apesar de resistirem, elas acabaram desacreditadas e por um longo tempo fizeram parte da história apenas como uma curiosidade inútil. Bem... até hoje!
E por que razão elas estão retornando?!?! Será que é devido a este período tão nostálgico que estamos vivenciando?
Esta primeira década tem mostrado o quanto temos saudade. Bandas antes finalizadas retornam, produtos e marcas retornam, então, por que elas também não retornariam, apesar do gigantesco hiato pelo qual passaram?
Mas há uma explicação, e ela não se refere simplesmente ao que foi exposto anteriormente. Não!
Conspirações, mudanças climáticas drásticas e o eterno retorno se mesclam numa coisa só. O que antes era abominação, algo exótico e deveras místico, agora é procurado até por céticos.
E o que elas estão prevendo para que mereçam novamente destaque?
Ouçamos uma delas:
"Ah, meu filho, aquela nuvem tem o formato de um homem caindo..."
"E o que isso significa?"
"Bem..."
Contudo, antes que pudesse responder, homens fardados entraram e a levaram. Até o momento ninguém sabe o paradeiro dessa incrível mulher que (assim como outras que tiveram o mesmo destino), além de cozinhar, passar, lavar, também dedicam seu tempo a decifrar as mensagens das nuvens.