O robô seguia na frente, deixando-me absorto em meus pensamentos. Ele, no íntimo, devia imaginar (ou seria processar?) o quão maravilhado estava com tão descomunal cenário. Quebrou o silêncio apenas para passar mais uma informação:
"À frente de onde estamos, há uma área recreativa. Lá, você poderá deliciar-se tanto com uma leitura quanto testar suas capacidades gustativas".
Confirmei com a cabeça, sem averiguar se ele via ou não. Era impossível, para um admirador das artes, ficar impassível diante da magnitude literária que, lindamente organizada, dividia-se em inúmeras prateleiras que, paralelas, se estendiam em ambas as direções, perdendo-se na penumbra.
Estava decidido. Ali passaria um tempo indeterminado.
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