quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Uma análise sobre O Exterminador do Futuro - parte 3

Antes de comentar sobre o terceiro filme da série, faz-se necessário abrir um parênteses, a respeito do seriado "O Exterminador do Futuro: as Crônicas de Sarah Connors".


Respeitando a criação de James Cameron, os desenvolvedores da série resolveram ignorar o terceiro filme e dar um tratamento diferenciado à história, focando na relação de mãe e filho, suas tentativas em alterar o futuro pré-determinado e sobreviver à investida da Skynet. Eles fazem homenagens e até exploram o universo acrescentando ideias interessantes, contudo, há um grande porém: o limite de viajantes no tempo foi extrapolado. Uma zona.


Sinto que a série tenha sido cancelada na segunda temporada, quando começava a ficar interessante. Pior, numa capítulo que, com certeza, seria o tema base da terceira temporada.

Agora, vamos ao filme de 2003 (onde ignoraremos tudo o que se passou na série de TV).


John Connor perdeu a mãe, que faleceu de câncer pouco depois de 1997 (ano em que se previa o dia do julgamento). Ele agora vivia como um pária, fazendo o que podia para esconder informações a seu respeito. Infelizmente, a guerra com as máquinas ainda não havia findado, como se comprova pela nova investida da Skynet em tirar vantagem exterminando os principais comandantes de John com o uso de um ciborgue com mais funcionalidades que o T-1000, o T-X.


Nesse meio tempo, conhecemos a futura esposa de John: Kate Brewster.


Descobrimos que o T-800 foi o causador da morte de John, e desta vez foi enviado por sua esposa. Disso, por saber deste possível futuro, concluo que John evitará sua morte (assim como foi-lhe dita pelo T-800) nesta linha do tempo.

Algo que vem acontecendo desde o primeiro filme vem se repetindo: a mudança do futuro por novas informações trazidas pelos viajantes do tempo.

Assim, o que acontece? O John manda seu pai, temos o futuro da linha do tempo 1; os acontecimentos do primeiro filme se passam na linha 2; o segundo filme, na linha 3, pois o cataclismo que deveria acontecer em determinada data, é adiada pelos esforços dos Connors; e novamente temos um salto no filme 3, que passa a ter uma linha 4 porque o John desta linha não morrerá da mesma forma que o estava predestinado pelo T-800. E assim será até o fim da cinessérie.

E assim como foi previsto, o dia do juízo finalmente chega! Só restando aos sobreviventes aceitá-lo e lutar para colocar novamente a humanidade no controle.



Aguardem a última parte.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma análise sobre O Exterminador do Futuro - parte 2



Agora estamos no ano de 1994. Sarah e o finado Kyle conseguiram destruir o T-800 nos agora distantes anos 80. Contudo, Sarah não tomou o cuidado em desaparecer com os restos cibernéticos do cyborg. Disso, vem a grande trunfo para este segundo filme. Assim como para os Connors, a origem da Skynet está relacionado a eventos do futuro.

Por enviarem um exterminador, as máquinas garantiram (mesmo que sem esta pretensão) o seu avanço para a total liberdade de ação, ocasinando o tão temido "Dia do Julgamento".

No primeiro filme, ficamos sabendo que as máquinas que permitiram a volta no tempo haviam sido destruídas, para que tudo findasse entre o T-800 e Kyle Reese. Contudo, o futuro possivelmente mudara, pois novamente foram mandandos agora dois cyborgs, um obsoleto T-800 (para proteger o adolescente John) e um último modelo T-1000 (feito de metal líquido).


O T-1000


Aqui fica uma questão interessante: por que mandar um robô com as mesmas características de um anterior programado para matar, mesmo sabendo que havia a possibilidade de mandar qualquer outro (como foi mostrado no primeiro filme num ataque de um "infiltrado" num abrigo da resistência)? Será que havia uma fábrica de Arnolds Schwarzenegger, o que deixou o John do futuro sem muitas opções?


Bem... sabemos que o ator que imortalizou o exterminador agora já estava com a fama mais do que consolidada na época (isso até antes, pois o diretor tinha planos para colocá-lo como o mocinho no primeiro filme, mas viram que ele tinha mais presença de cena como o ameaçador vilão. Felizmente, prevaleceu o bom senso) e isto tornava óbvio que ele retornaria nesta segunda película, entretanto, a pergunta não finda.

Na foto abaixo, quem a princípio iria ficar com os papéis e como acabou por fim:


Muito mais explosivo que o seu antecessor, este filme dá aos protagonistas a chance de alterarem o futuro eliminando um dos responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia necessária para consolidar o império das máquinas.

Ficamos sabendo do fardo que John terá que carregar para o resto da vida, além do seu relacionamento com seu principal inimigo. Sem esquecer Sarah, que após se exceder num ataque às máquinas do presente (computadores) é capturada e internada num asilo psiquiátrico.


No hiato que ficou do primeiro para o segundo filme, somos informados através de John ao logo do longa-metragem de como sua mãe fazia de tudo para que ele se tornasse o grande líder de quem Kyle falava. Sua mãe não o tratava como filho, antes o grande salvador dos humanos.

Mesmo com todas as conquistas a fim de evitar o dia do juízo em 1997, os mocinhos ficaram com a ilusão de que aquele problema terminara, mas estamos cientes de que era uma questão de tempo até enfim acontecesse o tal pavoroso dia. Afinal, John ainda existia... e John só existe por um motivo bastante simples: devido à guerra, torna-se necessário enviar seu pai para que pudesse engravidar sua mãe. Sem a guerra, não haveria tal motivo e, consequentemente, ele sequer existiria. O dia do juízo era só uma questão de tempo...


Observação: o fato de John entregar a Kyle a única foto que tinha da mãe para que este pudesse ir ganhando afeto por ela mostra claramente os motivos reais do envio de seu futuro pai ao passado.

Aguardem a parte 3.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Uma análise sobre O Exterminador do Futuro - Parte 1

Concebido em 1984 por James Cameron, e transformando (por enquanto) numa quadrilogia de filmes para o cinema e numa série para a TV, O Exterminador do Futuro lança-nos questionamentos sobre diversos assuntos intrigantes, dentre eles, temos o paradoxo sobre a existência do líder da revolução contra as máquinas no futuro: John Connor.

Para entendermos melhor o que irei expor aqui, faz-se necessário um breve resumo da história. Para aqueles que se interessam por este tipo de película e ainda não tiveram a oportunidade de assistir a algum dos filmes, sugiro fazê-lo antes de ler esta análise.


Tudo começa no ano de 1984 quando, em lugares diversos e com uma diferença de tempo de poucos minutos, dois círculos surgem e trazem em seu conteúdo um exterminador, modelo T-800 (cyborg semelhante a um ser humano) e um homem chamado Kyle Reese. Após conseguirem vestimentas (ambos vieram nus), cada um trata de seguir em sua missão: encontrar uma mulher que será a mãe do principal responsável pela resistência dos humanos contra as máquinas, Sarah Connor.

O soldado Kyle Reese tem uma vantagem sobre o exterminador, pois possui uma foto da mulher que irá proteger, enquanto que o cyborg vai tentar encontrá-la eliminando todos os alvos que se denominem Sarah Connor. Antes de deparar-se com o principal alvo, o rôbo mata duas mulheres que antecederam Sarah na lista telefônica, além da única amiga dela por engano.

Felizmente, Kyle resgata Sarah e fogem. "Venha comigo se quiser viver".

Segue-se uma perseguição (elemento marcante em todos os filmes), terminando por despistar o exterminador, que sofre algumas avarias. Kyle e Sarah acabam na delegacia. Ele é tido como lúnatico por descrever eventos que supostamente irão ocorrer, enquanto ela é protegida pelos policiais.

"I'll be back!"

O exterminador invade o local, mantando a grande maioria das pessoas que ali estava. Contudo, Sarah e Kyle conseguem novamente fugir.

O casal acaba se afeiçoando e consumam o ato que irá gerar o líder da resistência. O grande paradoxo da história.

Ao mandar Kyle para o passado, John Connor não garante apenas sua existência, mas também a inevitável ocorrência de todos os eventos que o obrigarão realizar este ato. Um ciclo infinito, caso estivermos falando de uma só linha do tempo. Mas, como iremos comprovar nas sequências, o futuro modifica à medida que novos elementos são incorporados, criando uma nova linha do tempo, cuja definição só se dará quando não mais fizerem filmes da série.

O que se nota aqui é: John Connor sempre mandará seu pai para o passado para que ele possa ser gerado. Enquanto John Connor existir, existirá a Skynet (empresa que no futuro se torna ameaça).

Tendo conhecimentos sobre o que ainda irão acontecer, ele vai moldando o seu futuro, tomando como base as parcas informações que vão sendo disponibilizadas. Mas ele sempre estará à frente de todos. Será tratado como profeta.

A relação dele e da Skynet é indissociável. E toda a história do O Exterminador do Futuro se baseia nessa relação.

Ficam as perguntas: quem teve a ideia de enviar alguém ao passado primeiro? John ou a Skynet? No filme aparece primeiro o exterminador, mas isso não quer dizer que tenha sido realmente o primeiro. Quando se mexe com viagem no tempo, é inseguro afirmar qualquer coisa.

Aguardem a parte 2.